O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 no Recife. Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha. Faleceu em 02 de maio de 1997, vítima de ataque cardíaco em São Paulo-SP. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
É também o Patrono da Educação Brasileira desde 2012. Paulo Freire é doutor honoris causa de meia centena de universidades do Brasil e do exterior. O clássico "Pedagogia do Oprimido" é terceira obra mais citada do mundo na área de humanas.
Na gestão da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, hoje deputada federal pelo PSOL-SP, Paulo Freire assume o cargo de Secretário de Educação da cidade de São Paulo, em janeiro de 1989, e promove reforma nas escolas, reestruturação dos colegiados, reformulação do currículo escolar, capacitação dos professores e formação de pessoal administrativo e técnico.
Acreditava na revolução pacífica, por meio da Educação. Dizia: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Foi perseguido, expulso da universidade, preso e exilado pela ditadura militar. Um quarto de século depois de sua morte, continua temido e odiado pelo bolsonarismo e pela extrema direita, inimigos ferozes da Educação e da construção de um mundo livre das desigualdades.
Paulo Freire também é famoso por ter desenvolvido um método de alfabetização de adultos que busca desenvolver essa consciência crítica no momento da alfabetização.
Obras como Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Esperança tornaram-se referências em todo o mundo, influenciando a educação até os dias de hoje. Em um mundo marcado pelo individualismo, seu pensamento continua relevante, ajudando a formar cidadãos críticos e comprometidos com a justiça social.
“Nenhuma pedagogia que seja verdadeiramente libertadora pode permanecer distante do oprimido, tratando-os como infelizes e apresentando-os aos seus modelos de emulação entre os opressores. Os oprimidos devem ser o seu próprio exemplo na luta pela sua redenção”, disse Paulo Freire.
Respeitado em todo o mundo, Paulo Freire revolucionou a forma de pensar a educação, defendendo-a como prática libertadora. Seu método, centrado no diálogo, na criticidade e na emancipação dos oprimidos, transformou a forma de se pensar o ensino e a aprendizagem.
Para ele, a educação deveria levar em consideração a cultura e os saberes dos educandos, estimulando a conversa e o questionamento da realidade. Ao invés de uma mera transmissão de conhecimentos, ele propunha a construção coletiva do saber, onde professores e alunos aprendem juntos.
O educador Paulo Freire defendia uma educação libertadora, onde o aluno não é visto como uma tábua rasa, mas sim um sujeito que traz consigo saberes e vivências. Por meio do diálogo e da problematização da realidade, professores e alunos constroem juntos o conhecimento. Sua proposta, focada na criticidade e na emancipação, objetiva formar pessoas conscientes e capazes de transformar a sociedade.
A participação democrática das comunidades escolares é outro ponto importante na educação, ressalta o mestre: “Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber”.
“A participação popular na criação da cultura e da educação rompe com a tradição de que só a elite é competente e sabe quais as necessidades e interesses de toda a sociedade. A escola deve ser também um centro irradiador de cultura popular, à disposição da comunidade, não para consumi-la, mas para recriá-la”, escreve Paulo Freire. Suas ideias ajudaram a moldar políticas educacionais e práticas pedagógicas voltadas para uma educação mais inclusiva e equitativa.
Paulo Freire não é um educador do passado, mas do presente e do futuro. Ele propôs uma utopia necessária, apontando para um horizonte de liberação humana. Quase 40 anos depois de sua morte, o legado de Paulo Freire continua a ser uma referência central para as lutas contemporâneas. Paulo Freire não apenas transformou a educação no Brasil, mas também deixou uma marca indelével na educação global.
Os 103 anos do nascimento de Paulo Freire foram homenageados com um selo e carimbo comemorativos pelos Correios. Freire não apenas transformou a educação no Brasil e no Distrito Federal, mas também deixou uma marca indelével na educação global.
O legado de Paulo Freire segue como uma fonte de inspiração para futuras gerações na busca por uma transformação educacional significativa.
Durante toda a sua existência, Paulo Freire se colocou ao lado do povo oprimido, deixou seu exemplo de um profundo compromisso com a transformação das estruturas arcaicas de nosso país através da emancipação humana, tendo a educação como uma prática da liberdade.
Muito além do Estado de Pernambuco, ele se tornou um homem sem fronteiras por força do trabalho como filósofo e educador revolucionário.
Diversas personalidades do campo educacional consideram Paulo Freire uma referência fundamental. Nomes como a professora e filósofa Marilena Chaui, e a professora, escritora, linguista, escritora, poetisa, romancista e ensaísta,. Conceição Evaristo, bebem das ideias freireanas em suas reflexões sobre educação e emancipação social. O pensamento freireano é uma inspiração constante na luta por condições mais justas de ensino e trabalho, reforçando a importância de uma educação libertadora e transformadora para toda a sociedade.
Abdias Duque de Abrantes Advogado, jornalista, servidor público, graduado em Jornalismo e Direito pela UFPB e pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Potiguar (UnP), que integra a Laureate International Universities.
Blog do Geraldo Andrade