O trabalhador brasileiro gasta em média R$ 46,60 para almoçar fora de casa neste ano. O valor é 14,7% superior ao registrado em 2022, considerando a categoria de self-service, restaurantes por quilo e à la carte.
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O trabalhador brasileiro gasta em média R$ 46,60 para almoçar fora de casa neste ano. O valor é 14,7% superior ao registrado em 2022, considerando a categoria de self-service, restaurantes por quilo e à la carte.
A despesa mensal ultrapassa R$ 1.000, ou 35% do salário médio, para uma refeição completa, com prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.
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Três capitais se destacam com os preços mais altos. Florianópolis tem valor médio de R$ 56,11; Rio de Janeiro, R$ 53,90; e São Paulo, R$ 53,12.
Os dados são da pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, realizada neste ano pela Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado do grupo Gouvêa Ecosystem, e encomendada pela ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador).
O aumento anual mostrado pelo levantamento ficou acima da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice Nacional de Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses, de 5,19%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Enquanto a alimentação no domicílio registrou queda de 0,78% no acumulado dos últimos 12 meses, comer fora ficou 5,42% mais caro no mesmo período, segundo o IPCA de setembro.
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Para Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, uma série de fatores contribuiu para o aumento neste ano.
“Os estabelecimentos fazem um grande esforço para não elevar o valor da refeição, para manter e atrair consumidores. Mas sofrem diretamente os impactos dos reajustes dos preços públicos, como combustível e energia elétrica”, afirma Contrera.
O cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços. O retorno ao trabalho presencial elevou os aluguéis comerciais e os custos para as empresas do setor.
”A volta aos escritórios e o retorno do atendimento presencial, que envolvem manutenção do espaço físico, recontratação de profissionais para o atendimento e até ações de marketing, exigiram novos investimentos por parte dos estabelecimentos”, avalia.
Confira os preços por região
Brasil – R$ 46,60
Sudeste - R$ 49,33
Nordeste - R$ 43,55
Sul - R$ 42,81
Norte - R$ 42,29
Centro-Oeste - R$ 41,75
Nas capitais
Florianópolis - R$ 56,11
Rio de Janeiro - R$ 53,90
São Paulo - R$ 53,12
Natal - R$ 51,86
Campo Grande - R$ 49,17
Recife - R$ 49,13
Maceió - R$ 48,84
Vitória - R$ 48,79
Palmas - R$ 47,79
Salvador - R$ 46,43
Curitiba - R$ 43,42
Manaus - R$ 42,85
Cuiabá - R$ 42,63
João Pessoa - R$ 42,52
Brasília - R$ 41,45
São Luís - R$ 40,50
Aracaju - R$ 39,68
Fortaleza - R$ 37,55
Porto Alegre - R$ 37,20
Belém - R$ 36,94
Goiânia - R$ 33,33
Teresina - R$ 33,22
Belo Horizonte - R$ 32,69
Gasto por categoria
À la carte - R$ 80,48
Executivo - R$ 50,51
Autosserviço (quilo ou bufê com preço fixo) - R$ 43,24
Comercial (prato feito) - R$ 34,30
Metodologia
A pesquisa foi feita entre junho e agosto de 2023, em 4.516 estabelecimentos comerciais, 22 estados e no Distrito Federal. No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira. No ano passado, o levantamento foi feito entre fevereiro e abril.
Para calcular o preço médio a pesquisa considerou uma refeição completa composta de prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.
De acordo com o IBGE, o salário médio no país era de R$ 2.921,00 na data em que a pesquisa foi iniciada, em junho de 2023. Isso significa que, para se alimentar com uma refeição completa na hora do almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente, ou o equivalente a 35% do salário médio.
Também foram pesquisadas as refeições em quatro categorias: à la carte, executivo, autosserviço (por quilo e/ou bufê com preço fixo) e comercial (prato feito).
• Carnes — em geral, caíram 2,1% no mês. Os cortes acumulam, no ano, queda de 11,55%
Movimentação de pessoas em supermercado na região central de São Paulo
São Paulo, SP - 19.07.2022 _ Preço _ Supermercado Violeta _ Consumidores compram alimentos e outros produtos no supermercado Violeta, rua Tito, Vila Romana, zona oeste da cidade. Foto Edu Garcia/R7
São Paulo, SP - 20.04.2022 - Feira Livre da rua Cayowaá, zona oeste da cidade, Tradicional feira livre da cidade, fregueses compram, legumes, verduras, frutas e demais hortifrutigranjeiros. Foto Edu Garcia/R7
Pepino teve queda de 12,95%
São Paulo, SP - 20.04.2022 - Feira Livre da rua Cayowaá, zona oeste da cidade, Tradicional feira livre da cidade, fregueses compram, legumes, verduras, frutas e demais hortifrutigranjeiros. Foto Edu Garcia/R7
São Paulo, SP - 06.07.2022 - Sacolão - Sacolão da rua Caio Craco, zona oeste da cidade. Oferta de legume, verdura, frutas e hortaliças, tempero etc. Foto Edu Garcia/R7
• Picanha — foi o corte que mais caiu em setembro: 4,83%; no ano, a queda chega a 13,53%
• Carnes — em geral, caíram 2,1% no mês. Os cortes acumulam, no ano, queda de 11,55%
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Os preços do grupo alimentação e bebidas caíram pelo quarto mês consecutivo, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Alimentação recuou 0,71%, e bebidas, 0,15 ponto percentual. A queda deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%). A inflação oficial foi de 0,26% em setembro. No ano, o IPCA acumula alta de 3,5% e, nos últimos 12 meses, de 5,19%.
Fonte: R7