LÍNGUA DE TESOURA : Wellington Farias morre aos 67 anos; velório será em JP - BLOG DO GERALDO ANDRADE

LÍNGUA DE TESOURA : Wellington Farias morre aos 67 anos; velório será em JP

 


O jornalista Wellington Farias morreu nesta segunda-feira (16) aos 67 anos. O comunicador travava uma batalha contra o câncer. A doença tinha atingido diversos órgãos.

Amigos e familiares informaram que Farias passou mal e foi socorrido para o Hospital Napoleão Laureano, em joão Pessoa, mas não resistiu e morreu no final da tarde. O velório terá início às 21h desta segunda-feira (16) no Cemitério Parque das Acácias. O enterro será amanhã (17) às 15h.

Wellington começou sua carreira na rádio Tabajara e passou por vários veículos, como os jornais A União, O Norte e Correio da Paraíba. Além disso também trabalhou na TV Correio e Rádio Correio FM e Arapuan FM.

Foi pioneiro com o primeiro programa de TV online, o Imprensado, do Portal Correio, em 2008. Também apresentou o programa Dedim de Prosa, na TV Assembleia, onde entrevistava personalidades paraibanas com seu jeito peculiar de fazer jornalismo.

Completou 67 anos de idade no início do mês passado. Além de jornalista, Wellington era um amante de música e se dedicava a vários instrumentos, como violão clássico, saxofone e trompete. Chegou a fundar uma escola em Serraria para ensinar música gratuitamente a alunos da cidade.

Amigos e personalidades lamentam 

O apresentador Heron Cid, diretor do Portal MaisPB, enalteceu a história de  Wellinton Farias com quem conviveu por vários anos no Sistema Correio de Comunicação tanto do Jornal Correio quanto nas bancadas de programas importantes como o Correio Debate e o Balanço Geral.

Para Heron Cid, de espírito combativo, Farias era um profissional de comunicação  que tinha coragem para defender o que acreditava, apaixonado pelo que fazia e um contador de história nato.

“Morre um dos últimos românticos da imprensa paraibana. Alguém que exerceu a profissão com muita vocação e muita devoção formado nos batentes da faculdade de vida” explanou.

Bastante emocionado, o apresentador Fabiano Gomes lembrou a época que promoveu a  transição de Wellington Farias do jornalismo impresso para o rádio e a TV. Nesse período, Wellington ganhou apelido de ‘Língua de Tesoura’.

“Não perdemos só um comunicar, perdemos um jornalista na essência. Não tinha medo de critica alguém”, destacou.

Para Josival Pereira, Wellington Farias era o tipo de jornalista difícil de encontrar nas redações por, além de intelectual, se reveste de conhecimento para poder enfrentar todas as funções do jornalismo.  “Não era apenas um homem que se inclinava pelo conhecimento literário, mas o mais amplo da vida. Era inquieto nesse campo”, enfatizou.

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), emitiu nota de pesar.

“Neste momento de dor, quero me solidarizar com todos os familiares e amigos pela sua perda e que Deus possa acalentar o coração de todos neste momento tão difícil”, destacou Adriano Galdino.

A direção do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP) também emitiu pesar.

“A Paraíba perde um ícone do jornalismo. Wellington destacou-se como um profissional excepcionalmente inteligente, conduzindo sua carreira com retidão e integridade”, diz a nota.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), prestou sentimento a amigos e familiares de Wellington. “Quero expressar meu profundo pesar pelo falecimento do jornalista, Wellington Farias. Profissional dos mais respeitados no jornalismo impresso, acabou se redescobrindo no rádio, onde brilhou com seus quadros bem humorados e apimentados”, disse Lucena.

A Associação Paraibana de Imprensa (API) também lamentou a perda. “A API se solidariza com a família, aos amigos e aos colegas de profissão de Wellington Farias, e reconhece a importância e o legado que ele deixou para o jornalismo paraibano. Ele deixará saudades e um exemplo de profissionalismo, ética e compromisso com a verdade”, afirma a entidade.


Fonte: MaisPB