Governo Lula não apresenta percentual de reajuste e frustra servidores - BLOG DO GERALDO ANDRADE

Governo Lula não apresenta percentual de reajuste e frustra servidores

 

Foto: Cristiano Eduardo

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) frustrou servidores do Executivo federal ao não apresentar uma proposta de reposição salarial nesta quinta-feira (10/8). Havia expectativa em relação ao tema na terceira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente com os servidores públicos federais, que ocorre na tarde desta quinta, em Brasília.


Segundo o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), o governo informou que ainda não tem um percentual a apresentar, porque isso depende da aprovação do novo marco fiscal. Falta uma votação na Câmara para que a nova regra fiscal, que vai substituir o atual teto de gastos, seja aprovada.


O Fonacate informou, ainda, que a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck , “está empenhada em buscar espaço para o reajuste, mas só haverá alguma resposta depois da aprovação no Congresso”.


“Manifestamos nossa insatisfação com a ausência de proposta, e cobramos celeridade na definição de um percentual de recomposição das perdas acumuladas, que, em todos os casos, ultrapassam 30%”, afirmou o presidente do fórum, Rudinei Marques.


Os servidores defendem um reajuste na faixa dos 26% para recompor as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos. Eles ainda demandam a equiparação de benefícios (tais como auxílios-alimentação e creche) dos servidores do Executivo com os do Judiciário e Legislativo.


A reunião da Mesa de Negociação é fechada à imprensa. Da parte do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, devem participar o secretário de Relações de Trabalho, José Lopes Feijó, que conduz os trabalhos, e outros dirigentes da secretaria. A ministra Esther Dweck não participa.


A Mesa de Negociação Permanente, instalada pela primeira vez em 2003, reúne representantes do governo e das entidades sindicais. Ela foi reativada em fevereiro deste ano.


Fonte: Metrópoles