Petistas temem que o ex-capitão, em represália por ter sido derrotado no segundo turno das eleições, acabe levando consigo a faixa presidencial.
Bolsonaro, por sua vez, estaria reavaliando a sua decisão de não passar a faixa presidencial para o petista no dia da posse, em 1º de janeiro de 2023, segundo aliados. O chefe do Executivo foi aconselhando por um de seus mais importantes ministros a participar da cerimônia, sem sorrisos ou afagos a Lula, mas para cumprir o ritual e passar a faixa.
Desde a derrota no segundo turno das eleições, a preocupação de amigos e aliados com o abatimento demonstrado por Bolsonaro está se tornando cada vez maior. O presidente está “apático” e não se preparou para um mundo sem foro privilegiado e sem poder.
Com isso, durante as últimas semanas, diversas hipóteses sobre a transferência da faixa presidencial surgiram. O atual vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) usou a imprensa para soltar provocações e declarar que Bolsonaro deveria passar a faixa e provocar Lula no “ouvidinho”.
O ex-deputado e presidente do PL, Valdemar da Costa Neto (PL), está espantado com a fraqueza apresentada pelo presidente derrotado e questionou a capacidade de Bolsonaro liderar a oposição.
No campo progressista, foram dadas algumas ideias para a transferência da faixa. A opção seria que a faixa seja entregue a Lula pelas mãos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que já se mostrou um aliado de primeira hora do presidente, demonstrou a petistas a disposição em fazer ele próprio a cerimônia que coroa o novo chefe do Executivo.
Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, a equipe de organização da posse quer se assegurar, na próxima semana, de que a faixa está intacta e em segurança.
Fonte: Jornalista Gutemberg Cardoso