Um estudo feito pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido mostra evidências de que as pessoas que se recuperam da Covid-19 e são vacinadas com duas doses dos imunizantes adquirem uma proteção robusta e duradoura contra o novo coronavírus.
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Pesquisadores do governo britânico, liderados pela consultora médica e chefe da agência, Susan Hopkins, analisaram os dados de 35 mil profissionais de saúde.
Eles observaram que os não vacinados que foram diagnosticados com a Covid-19 desenvolveram 85% de proteção contra uma nova infecção no intervalo de três a nove meses após se recuperarem. Mas a taxa caiu para 73% no prazo de 15 meses depois a infecção.
Por outro lado, as pessoas que tomaram as duas doses das vacinas no intervalo de três a nove meses depois de se curarem da Covid-19 tinham 91% de proteção por mais de um ano. Depois de 15 meses a proteção caiu para 90%.
Um ano de vacina no Brasil
A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil completa um ano nesta segunda-feira (17/1). Há 12 meses, os brasileiros assistiram ao momento em que a enfermeira Mônica Calazans recebeu, em São Paulo, a primeira dose de um imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra o coronavírus, a Coronavac.
Para muitos, a cena é guardada na memória como um acontecimento para renovação de esperanças após um ano de incertezas, com mais de 8 milhões de casos confirmados da doença e cerca de 209 mil óbitos, até então.
De lá para cá, muita coisa mudou. Para começar, mais de 339 milhões de doses foram distribuídas em todo o país. Cerca de 68% da população brasileira completou o esquema de imunização com duas doses ou aplicação única, e 15% já receberam o reforço, segundo dados do monitoramento Our World in Data, projeto feito em parceria com a Universidade de Oxford para acompanhar o ritmo da vacinação no mundo.
Na imagem colorida, uma mão segura um frasco enquanto uma seringa se aproxima dele
Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o paísRafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda doseRafaela Felicciano/Metrópoles
Na imagem colorida, uma profissional de saúde está posicionada ao lado direito. Ela usa jaleco branco, touca e máscara na cor azul e segura uma seringa nas mãos
A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissãoAline Massuca/ Metropoles
Na imagem colorida, uma profissional de saúde está posicionada ao lado direito e um homem com máscara azul está centralizado. Ela usa máscara e touca na cor branca e segura uma seringa nas mãos
Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles
Na imagem colorida, há um braço posicionado à direita. Do lado esquerdo superior há um crachá. Duas mãos preparam o braço para a injeção da seringa.
Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforçoRafaela Felicciano/Metrópoles
Na imagem colorida, uma grávida aparece posicionada no centro. Ela usa vestido verde e está com as mãos em cima da barriga. Na parte direita da imagem, há duas mãos segurando uma seringa
Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da PfizerGustavo Alcantara / Metropoles
Na imagem colorida há três pessoas ao fundo, duas vestindo ternos e máscara e uma vestindo uma blusa bege. Na parte inferior esquerda, um homem aparece de costas. Ele usa blusa clara e possui cabelos pretos
A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de OxfordIgo Estrela/Metrópoles
Na imagem colorida, um profissional de saúde está posicionada ao lado esquerdo e uma mulher do lado direito. Ele usa jaleco branco, máscara na cor azul e segura uma seringa nas mãos. Ela veste blusa preta, usa máscara escura e tem cabelos longos e pretos
As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a JanssenRafaela Felicciano/Metrópoles
Ilustração colorida sobre a mutação Ômicron da Covid-19
Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepasAndriy Onufriyenko/ Getty Images
Na imagem colorida, uma mão segura um frasco enquanto uma seringa se aproxima dele
Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o paísRafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda doseRafaela Felicciano/Metrópoles
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Quando se leva em consideração o público acima dos 12 anos – uma vez que a imunização de crianças de 5 a 11 anos começou apenas no último fim de semana –, os números são ainda maiores: 91,4% da população tomou a primeira dose e 81,8% estão completamente vacinados, de acordo com dados do Ministério da Saúde da última quarta-feira (12/1).
Hoje, mesmo vivendo mais uma onda de novos casos – desta vez, impulsionada pela variante Ômicron –, os óbitos em consequência da Covid-19 não têm acompanhado a alta nos diagnósticos. Na semana epidemiológica entre os dias 2 e 8 de janeiro de 2022, foram registrados 208 mil casos de Covid-19 em todo o Brasil, de acordo com a plataforma do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); nesse período, foram contabilizadas 832 mortes provocadas pela doença pandêmica.
A título de comparação, entre 15 e 21 de novembro de 2020, antes da vacina, o país teve uma quantidade semelhante de casos (203 mil), mas ocorreram 3.331 mortes. Boa parte desta queda tem a ver com os imunizantes, que se mostram eficientes para evitar casos graves, hospitalizações e óbitos em consequência da infecção causada pelo coronavírus. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a maioria dos pacientes internados no país não tomou a vacina.
“Estamos vendo a redução progressiva de internações e mortes graças à imunização. Começamos atrasados, com todas as questões que envolveram a compra de vacinas no início, mas, assim que tivemos doses, a campanha andou rápido. Chegamos a aplicar 2 milhões de doses por dia, em maio. Isso mostra o know-how que o Brasil tem no assunto”, afirma a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi.
Fonte: Metrópoles