Manifestantes foram às ruas em várias cidades do país para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro neste sábado (2). Os atos pedem impeachment e mais vacinas e empregos. Até a última atualização desta reportagem, haviam sido registrados atos em 60 cidades (sendo 14 capitais) de 20 estados.
As manifestações foram organizadas por entidades, movimentos sociais e centrais sindicais. Elas tiveram participação de 20 partidos políticos de várias correntes, de esquerda e também de centro-direita: Cidadania, DEM, MDB, PCB, PC do B, PCO, PDT, PL, Podemos, PSB, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PSTU, PT, PV, Rede, Solidariedade e UP (veja mais nos vídeos abaixo).
Leia, abaixo, mais sobre os protestos contra Bolsonaro:
Paraíba
Houve protestos em João Pessoa e também nas cidades de Campina Grande (no agreste do estado), Patos e Cajazeiras (as duas últimas, no sertão).
Na capital, dois grupos partiram de origens diferentes para chegar a um ponto final, o Ponto de Cem Réis. Nos cartazes, há reclamações sobre aumentos dos preços de combustíveis, produtos alimentícios e gás de cozinha.
Manifestantes homenagearam, ainda, as vítimas da Covid-19 e pediram o impeachment do presidente.
São Paulo
Na capital, manifestantes ocuparam a Avenida Paulista na tarde deste sábado. O palanque principal foi montado em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato defendeu a democracia e reuniu torcidas organizadas rivais.
Em Campinas, moradores também fizeram um protesto contra o governo. Entre as reivindicações, estava o impeachment do presidente. Alguns também se mostraram contrários ao governo de João Doria.
Em Sorocaba, o protesto teve início por volta das 10h. Os manifestantes foram para as ruas da região central.
Com bandeiras e camisetas de partidos políticos de esquerda, eles exibem cartazes pedindo a saída do presidente e do vice-presidente Hamilton Mourão.
Também houve manifestações em São Carlos, Ribeirão Preto e Franca.
Em Guararema, houve um ato pelo impeachment do presidente.
Durante o protesto, o grupo expôs cartazes com mensagens contra o Bolsonaro. Eles também usaram frases em favor da democracia e compartilharam textos defendendo “uma leitura progressista da Bíblia”.
Rio de Janeiro
Manifestantes fizeram um protesto contra Bolsonaro na Candelária, no Centro do Rio. Além de pedir o impeachment do presidente, os participantes criticaram privatizações e a política econômica do governo.
O ato foi organizado por centrais sindicais, uniões estudantis, sindicatos e partidos de esquerda. As ruas do entorno estão com policiamento reforçado. Por volta das 10h30, a pista central da Avenida Presidente Vargas estava interditada ao trânsito.
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade às 15h. Os participantes carregaram cartazes com palavras de ordem contra o presidente e pediam pelo impeachment. Alguns lembraram o escândalo do plano de saúde Prevent Sênior e da frase dita pela advogada dos médicos na CPI, Bruna Morato, que seria o lema da empresa: “óbito também é alta”.
Em Montes Claros, o protesto começou por volta das 9h. O ato foi organizado por movimentos sociais e partidos de esquerda. Os manifestantes usaram bateria e carro de som para pedir o impeachment do presidente. Eles também defenderam a vacinação, geração de empregos e investimento na educação.
Em Governador Valadares, os grupos se dividiram em quatro pontos da cidade onde fazem panfletagem e dialogam com a população sobre a situação econômica do país. Eles também usam faixas com dizeres como: “Vacina no braço, comida no prato e fora Bolsonaro”.
Pernambuco
No Recife, os manifestantes se reuniram no centro da cidade com faixas e cartazes pedindo o impeachment do presidente. Eles também cobraram mais empregos e vacinas contra a Covid. Os participantes do ato também protestaram contra proposta de reforma administrativa do setor público.
Uma mulher de 29 anos que participava do protesto contra Bolsonaro foi atropelada por um carro ao sair da manifestação.
Em Petrolina, no sertão do estado, o ato começou por volta das 9h. O evento foi organizado por movimentos sociais, estudantis, entidades e partidos políticos.
Alagoas
Em Maceió, manifestantes ocuparam duas faixas de uma avenida. Os participantes usam máscara, em prevenção ao coronavírus.
Entre as pautas da manifestação, havia pedidos de vacina para todos, valorização do serviço público, e protestos contra a privatização e oss preço dos combustíveis e dos alimentos.
Bahia
Em Salvador, um grupo de pessoas caminhava pelo centro para protestar contra o governo de Bolsonaro. Com cartazes, os manifestantes também protestam em defesa dos empregos, da saúde pública, da educação, pedem melhorias no serviço público e mais vacinas. Eles também reivindicam o aumento do valor do auxílio emergencial. Há ainda protestos contra a reforma na administração pública.
Centrais sindicais, entidades estudantis, movimentos sociais e representantes de partidos políticos participam do ato.
Ceará
Os manifestantes foram ao centro da capital do Ceará. Com faixas e bandeiras, eles começaram uma caminhada pelas ruas. Os participantes usaram máscara, em prevenção ao coronavírus.
Eles protestavam contra o aumento da fome entre a população e pediram mais empregos e políticas de moradia. Eles também protestaram contra a reforma administrativa, em tramitação no Câmara dos Deputados, e contra privatizações.
Goiás
O ato em Goiânia começou na Praça do Trabalhador, na área central da cidade. Os grupos presentes foram convocados por partidos políticos, movimentos sociais e sindicatos.
O movimento pede o impeachment do presidente, mais vacinas contra a Covid-19 e atuação do governo federal para frear a inflação no país. Movimentos culturais também se apresentam durante a manifestação.
Maranhão
Em São Luís, os manifestantes se reuniram no centro da cidade. Além do impeachment de Bolsonaro, eles pedem mais vacinas contra a Covid-19. Houve discursos de membros de uma frente evangélica contra o presidente. Também há manifestações de apoio à candidatura do ex-presidente Lula.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande a manifestação começou às 9h. Usando máscaras e a maioria tentando manter um mínimo de distanciamento, em razão da pandemia de Covid, os manifestantes exibiram faixas e cartazes de protesto. A maioria dizia “Fora, Bolsonaro”, mas também havia mensagens em defesa da vida e da democracia e contra a fome e o desemprego.
Pará
Movimentos sociais, estudantis e políticos de Belém organizaram atos contra o governo do presidente Bolsonaro.
Uma das pautas do movimento é a reforma administrativa — eles se opõem a uma proposta que implicaria o fim dos concursos públicos.
Piauí
Em Teresina, outra capital onde a manifestação ocorreu na manhã deste sábado, participantes do ato reclamaram do desemprego e do aumento da fome. Movimentos sociais e estudantis, representantes sindicais e partidos políticos organizaram o evento.
Rio Grande do Norte
Em Natal, o protesto contra Bolsonaro foi promovido por partidos de esquerda, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis. Eles pediram o impeachment do presidente, além de redução do preço dos alimentos e outros itens, como combustíveis e gás de cozinha.
Rio Grande do Sul
Algumas cidades do Rio Grande do Sul realizaram protestos contra Bolsonaro.
Em Cruz Alta, os manifestantes reclamam da inflação, do desemprego e afirmam que houve irresponsabilidade com a saúde por parte do governo. Em Pelotas, a manifestação se concentrou no centro histórico.
Roraima
Um grupo se reuniu nesse sábado em Boa Vista para protestar contra o governo do presidente Bolsonaro.
Com faixas e cartazes, os manifestaram também exigiram a retirada de garimpeiros dos territórios indígenas de Roraima e por vacinas contra a Covid-19.
Santa Catarina
Nesta manhã, houve atos em Blumenau, Criciúma, Lages, Chapecó e em Joinville. Os grupos pediram vacina para todos, educação, alimentação e o impeachment do presidente.
Tocantins
Em Palmas, o ato é organizado por movimentos sociais e tem como pedidos a saída do presidente Bolsonaro, vacina contra Covid disponível para todos e a volta do auxílio emergencial de R$ 600. Eles também são contra a concessão do Parque Estadual do Jalapão para a iniciativa privada.