Ex-presidente da OAS prestou depoimento na CPI que apura pagamentos indevidos em contratos com a gestão de Marinho em São Bernardo do Campo
Em CPI, Léo Pinheiro confirma que propina superou R$ 20 milhões na gestão do petista Luiz Marinho
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, afirmou ter conhecimento de pagamentos ilícitos de até R$ 20 milhões à gestão de Luiz Marinho em São Bernardo do Campo, entre 2009 e 2016.
Em depoimento à CPI da OAS, ele confirmou a versão do ex-superintendente administrativo José Ricardo Nogueira Breghirolli.
Convocado como testemunha, Léo Pinheiro respondeu a questionamentos dos parlamentares por aproximadamente duas horas e meia, por videconferência. O ex-executivo disse que a informação sobre a propina “chegava pelo vice-presidente da empresa”.
“Que houve, eu tenho certeza que houve, mas a periodicidade e a quem está vinculado, estão em detalhes com outros departamentos”, disse.
Segundo ele, os operadores do esquema era os ex-diretores César Mata Pires Filho, Carlos Henrique Lemos e Marcel Vieira, estes dois últimos já convocados pela CPI. Também mencionou o nome do ex-diretor financeiro Mateus Coutinho.
“As pessoas que pagavam dinheiro na controladoria da empresa tinham a obrigação de informar a destinação e esse dinheiro não podia ser destinado em nada que não fosse de pagamento de vantagem indevida”, afirmou.
Léo Pinheiro também disse que houve propina na obra do Piscinão do Paço, idealizada por Lula.
A CPI da OAS é presidida pelo vereador Mauricio Cardoso (PSDB), formada pelos vereadores Julinho Fuzari (DEM), como relator, e Danilo Lima (PSDB), vice-presidente.
Fonte: O Antagonista