Dos onze deputados federais paraibanos que participaram da votação em 2º turno da PEC Emergencial, três foram contrários ao texto. Gervásio Maia (PSB), Frei Anastácio (PT) e Julian Lemos (PSL) votaram contra a Proposta de Emenda a Constituição 186/19, aprovada nessa quinta-feira (11), pela Câmara dos Deputados.
Além de permitir a destinação de R$ 44 bilhões fora do teto de gastos para o auxílio emergencial, a PEC trouxe outros pontos considerados polêmicos, como a imposição de mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários. A previsão é de que o auxílio emergencial neste ano seja de quatro parcelas com valor médio de R$ 250.
Entre os oito deputados federais paraibanos que votaram pela aprovação, Ruy Carneiro fez ponderações em relação ao valor proposto para o auxílio. “Essa aprovação é importante porque tem muita gente morrendo de fome. O valor, no nosso entendimento, não é satisfatório principalmente porque o poder de compra do brasileiro diminuiu nos últimos meses. Mas, é o que está se conseguindo. Nós estamos lutando sempre por um valor de R$600 ou próximo disso. Todos os países do mundo, até os Estados Unidos que é o mais capitalista deles, estão gerando déficit público e ajudando as pessoas neste momento. É questão da vida das pessoas”, declarou em entrevista à Jovem Pan João Pessoa.
Já o deputado Gervásio Maia, que votou contra, criticou a PEC. “Foi na verdade um jogo de chantagem do governo Bolsonaro em relação ao auxílio. Essa PEC 186, arrancando direitos e conquistas que foram celebrados na nossa Constituição de 1988 e você retirar essas conquistas com o pretexto de que esses recursos servirão para pagar o auxílio, que é algo provisório? Vários direitos de servidores da educação, da saúde e da segurança pública foram arrancados sem qualquer tipo de diálogo na aprovação dessa PEC”, justificou.
Ao todo, foram 366 votos a favor e 127 contra, com 3 abstenções. Na bancada paraibana a única ausência foi a do deputado federal Damião Feliciano (PDT).
Fonte: Radar Sertanejo