Um ano se passou desde o primeiro caso de covid-19 no Brasil, entretanto, a propagação do vírus tem aumentado e o país enfrenta a pior fase da pandemia, até então. Ainda que, atualmente, já existam vacinas para conter casos mais graves, pouco se sabe sobre os remédios capazes de auxiliar no tratamento contra a doença.
Alguns especialistas da área da saúde, e também outros ‘leigos’ no assunto, defenderam o uso de várias medicações contra o vírus nesse período, mesmo que, sem comprovação científica. Dessa forma, entidades como a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ressaltaram que não recomendam o uso de remédios para tratar precocemente o novo coronavírus.
O médico pneumologista, Alexandre Araruna, explica se existe alguma ‘medicação universal’, ou seja, que qualquer paciente possa fazer o uso, sem restrições. “Oficialmente, até este momento, não há nenhum remédio que seja efetivo, de forma universal, para tratamento de todo tipo de covid-19”, ressalta. “No entanto, há um estudo que foi feito, em que, na segunda fase da doença, ou seja, depois do sétimo dia, alguns pacientes que estão com a doença em um nível avançado, com o pulmão muito inflamado, é que pode se usar o corticoide. Mas, apenas quando o médico analisando, individualmente, entende que está de forma adequada”, completa.
A ivermectina, que está sendo bastante utilizada no tratamento precoce, e até mesmo, receitada por alguns médicos, tem sido ‘palco’ desse assunto. Porém, estudos comprovaram que não há nenhuma relação de eficácia quando utilizada para tratar a covid-19. “Como todas as outras medicações, ela não tem nenhum trabalho científico, que respalde o seu uso e seu resultado, no tocante ao tratamento do covid-19. Seja na fase inicial, seja preventivo, seja na fase final do covid”, explica o doutor.
Além da ivermectina, outros medicamentos como a colchicina, também está sendo utilizada contra o coronavírus. Alexandre conta que a medicação chegou a ser discutida mas não é indicada para o tratamento. “Embora tenha sido muito discutida, inclusive por motivações políticas, ela não está referendada para o tratamento da covid, da mesma forma, como qualquer outra medicação”, disse. “Ainda sim, alguns colegas, médicos e políticos, continuam fazendo a defesa da colchicina, mas sob um ótica particular, não sob uma ótica científica”, relata o médico, quanto a casos isolados.
Fonte: Nathalia Sousa
Créditos: Polêmica Paraíba
