Morreu neste sábado (13), no Dia do Rádio, o advogado, jornalista, radialista e ex-professor do Curso de Comunicação Social da UFPB, Otinaldo Lourenço de Arruda Mello. Ele tinha 86 anos e estava internado no Hospital Memorial São Francisco desde o começo do mês, em tratamento contra a Covid-19.
O jornalista, radialista, advogado, professor universitário aposentado e monarquista, Otinaldo Lourenço de Arruda Mello, entre os anos 1950 e 1970, comandou na Rádio Arapuan um projeto que mudou a cara do jornalismo de rádio produzido em João Pessoa. “Mesa de Redação”, “Jornal Sensacional”, “Antena Política”, “Dramas e Comédias da Cidade” e “Plantão Arapuan".
Implantou o jornalismo e o setor de esportes da rádio Tabajara.
Otinaldo Lourenço foi, sem dúvida, um dos mais competentes gestores de rádio. Sua habilidade era rara em misturar na programação o gosto mais elitizado, que ele aprendeu ouvindo a Rádio Jornal do Brasil e a BBC de Londres, e o sabor popular que os comunicadores, os “disc-jockeys”, faziam. Na política, fugia da polarização direita-esquerda, se assumia um democrata defensor da monarquia, especialmente a inglesa.
Em 2015, o mestre Otinaldo Lourenço recebeu o Título de Cidadão Paraibano pelo seu extraordinário valor e pelos relevantes serviços prestados à Paraiba. O autor da propositura foi deputado Hervazio Bezerra. Otinaldo Lourenço era irmão do historiador, intelectual, escritor e professor, José Octávio de Arruda Mello.
Referência no jornalismo, intelectual respeitado e um apaixonado pelas ondas hertzianas, Otinaldo Lourenço de Arruda Melo se despediu no Dia do Rádio, uma de suas grandes paixões e à qual deu inestimável contribuição. A radiofonia paraibana ficou órfão.
Abdias Duque de Abrantes
Advogado, Jornalista, servidor público e pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Potiguar (UnP), que integra a Laureate International Universities
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