Luana Pereira, do municipio de Juazeirinhio, na Paraíba perdeu sua paz após o seu ex-namorado, Uillan Cássio da Silva, divulgar em diversos grupos de WhatsApp, fotos e vídeos que a expuseram em atos sexuais.
Em uma das ocasiões filmadas, Luana denuncia ter sido estuprada por três homens – entre eles o ex – e ter sido forçada a gravar o abuso. Após as imagens tornarem-se públicas e diante de ameaças, ela procurou a polícia. O inquérito instaurado pelo delegado Elias Rodrigues, então titular da delegacia de polícia civil de Juazeirinho, concluiu que Uillan extorquia dinheiro da vítima sob ameaça de divulgar as imagens. Perícia também apontou que ele seria o responsável pela publicidade do material.
“Ele fez de tudo para diminuí-la como mulher. Instaurei o inquérito com base em artigos da Lei Carolina Dieckmann e da Lei Maria da Penha. Pedi a prisão preventiva do acusado porque ele zombou da Justiça, não respeitou nem mesmo a medida protetiva e continuou ameaçando e humilhando a vítima”, relata o delegado. A investigação também apontou que Uillan já cometeu o mesmo tipo de crime outras vezes.
Uillan foi preso preventivamente na noite de domingo (17/1) após Luana montar um cerco contra ele, com ajuda das polícias civil e rodoviária federal. Luana investigou por meio de conhecidos e de redes sociais o paradeiro do agressor, que a Justiça alegava não conseguir localizar. Informou às autoridades possíveis endereços onde encontrá-lo e a placa do veículo usado por ele. O acusado foi detido enquanto dirigia entre Pernambuco e a Paraíba, pela Polícia Rodoviária Federal.
Ela entregou à polícia imagens e áudios que indicam o envolvimento de Uillan em extorsões contra padres de pequenas igrejas no interior do estado. Segundo a denunciante, ele gravava relações sexuais com os religiosos e depois cobrava para não expor o conteúdo. “Ele me obrigou a buscar o dinheiro de um desses padres, mais de uma vez. Tinha uma arma e dizia que ia me matar e matar a minha família em seguida se eu não trouxesse o pagamento”, conta.
“Ele sabia os pontos onde bater: pernas, ombros e costas. Porque ninguém iria ver. Só batia no meu rosto quando estávamos em casa, sem planos de sair”, disse.
Luana também incluiu no processo originado após o inquérito, que corre em segredo de Justiça, imagens nas quais aparece ferida e grávida. Ela denuncia ter sido espancada com chutes na barriga e torturada psicologicamente até perder o filho que esperava. “O feto ficou morto quatro dias dentro de mim e precisei de uma cirurgia para retirá-lo”, diz.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba