28 de janeiro de 2021 (Bibliomed). Em ranking elaborado pelo Lowy Institute, da Austrália, o Brasil foi classificado como o pior país do mundo no combate ao COVID-19. No total, 98 países foram avaliados neste interativo nas 36 semanas que se seguiram ao centésimo caso confirmado de COVID-19, usando dados disponíveis até 9 de janeiro de 2021. Os dados foram extraídos da série Our World in Data, mantida por pesquisadores em a University of Oxford e o Global Change Data Lab, sem fins lucrativos.
O relatório ÍNDICE DE DESEMPENHO COVID: DESCONSTRUINDO AS RESPOSTAS PANDÊMICAS, buscou analisar como a geografia, os sistemas políticos, o tamanho da população e o desenvolvimento econômico tiveram nos resultados do COVID-19 em todo o mundo.
Os países foram classificados em categorias amplas – por regiões, sistemas políticos, tamanho da população e desenvolvimento econômico – para determinar se existem variações significativas entre os diferentes tipos de estados no tratamento da pandemia.
Foram rastreadas seis medidas: Casos confirmados; Mortes confirmadas; Casos confirmados por milhão de pessoas; Mortes confirmadas por milhão de pessoas; Casos confirmados como proporção de testes; Testes por mil pessoas. Uma média desses indicadores foi calculada para países individuais em cada período e normalizada para produzir uma pontuação de 0 (pior desempenho) a 100 (melhor desempenho). Coletivamente, esses indicadores apontam para quão bem ou mal os países administraram a pandemia nas 36 semanas que se seguiram ao centésimo caso confirmado de COVID-19.
Os resultados apontaram que países da Ásia-Pacífico foram os mais bem-sucedidos em conter a pandemia. A Europa foi a região que apresentou maior melhoria ao longo do tempo andes da segunda onda (no final de 2020). Muitos países no Oriente Médio e na África conseguiram deter o progresso inicial da pandemia com medidas preventivas robustas. Países da América, por outro lado, não conseguiram conter a pandemia, tornando o continente o mais afetado globalmente.
O sistema político adotado por cada país pareceu ter pouco impacto no sucesso de conter a propagação do vírus, e países com populações menores parecem ter melhor resultado no controle da epidemia.
Considerando o desenvolvimento econômico, talvez não fosse surpreendente que os países com rendimentos per capita mais elevados tivessem mais recursos disponíveis para combater a pandemia COVID-19 e tivessem um desempenho médio melhor do que os países em desenvolvimento durante a maior parte da crise até à data. Mais surpreendente é que muitos países em desenvolvimento foram capazes de lidar com o surto inicial da pandemia e que as economias avançadas, como um agrupamento, perderam a liderança no final de 2020 – com infecções aumentando novamente em muitos lugares que haviam alcançado sucesso aparente na supressão primeiras ondas da pandemia.
A Nova Zelândia foi o país com maior pontuação, alcançando 94,4 pontos, seguido de Vietnã (90,8) e Taiwan (86,4). Na América Latina, o melhor colocado é o Uruguai, que ocupa a 12ª colocação com 75,8 pontos. Os EUA ficaram em 94º lugar, com 17,3 pontos. O Brasil ocupa a última posição, com apenas 4,3 pontos.
Fonte: Boa saúde
Créditos: Polêmica Paraíba