‘Operação Placebo’: PF cumpre mandados na residência oficial do governador do Rio de Janeiro - BLOG DO GERALDO ANDRADE

‘Operação Placebo’: PF cumpre mandados na residência oficial do governador do Rio de Janeiro




A Polícia Federal deflagrou nesta terça uma operação para cumprir mandados de busca na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O escritório onde trabalha a primeira-dama, Helena Witzel, que é advogada, também é alvo das buscas.

A PF também cumpre mandados no Palácio Guanabara, na casa de Witzel no Grajaú, no endereço do ex-secretário de Saúde Edmar Santos e do ex-subsecretário Gabriel Neves. Ao todo, segundo a PGR, foram 11 endereços residenciais e comerciais no Rio.

“Os locais são ligados a pessoas investigadas em inquérito instaurado para apurar suspeitas de desvios de recursos e fraudes em processos de licitação para compra de equipamentos e insumos destinados ao combate à covid-19 no Rio de Janeiro. Entre os alvos das medidas cautelares está o governador Wilson Witzel”, diz a PGR.

O Radar apurou que não há mandado de prisão contra o governador e que os mandados foram expedidos pelo ministro Benedito Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça a partir do inquérito que investiga as compras emergenciais do governo na pandemia.

A Polícia Federal batizou a ação de “Operação Placebo”. “Elementos de prova, obtidos durante investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal naquele estado foram compartilhados com a Procuradoria-Geral da República no bojo de investigação em curso no Superior Tribunal de Justiça e apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro”, diz a PF.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca nos estados de São Paulo e no Rio. 

O inquérito aberto a pedido da PGR no STJ investiga gastos de 1 bilhão de reais na construção de hospitais de campanha durante a pandemia no Rio. Os valores dos contratos sem licitação incluem compra de respiradores, máscaras e testes rápidos, mas a maior parte do dinheiro, cerca de 836 milhões de reais, foi destinada à Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).


Fonte:  A Veja