Em 2017, a Paraíba enfrentou déficit previdenciário de R$1,2 bilhão e foi um dos 23 estados com esse desequilíbrio, conforme o relatório da Instituição Fiscal Independente do Senado, que prevê que caso sejam incluídos, estados e municípios podem ampliar em R$350 bilhões o impacto fiscal da reforma da Previdência nos próximos dez anos.
Os dados apontam que com a Paraíba teve receita de R$783 milhões para cobrir despesas que ultrapassavam os R$ 1,9 bilhão. Os estados de Roraima, Rondônia, Amapá e Tocantis são os únicos que registraram superávit nesse mesmo período.
Em entrevista ao jornal Congresso em Foco, o presidente do IFI, Josué Pellegrini, defende a inclusão dos estados e municípios no texto da reforma do Senado. “A situação previdenciária dos estados e municípios, sobretudo a dos estados, é muito ruim, assim como é a da União. Se representa um remédio para o desequilíbrio da união, a reforma que está sendo aprovada também representaria um remédio para os estados e municípios. Então, os senadores provavelmente irão avaliar essa questão”, afirmou.
Segundo Josué, o impacto fiscal das novas regras previdenciárias para os servidores estaduais e municipais já está calculado para que seja analisado pelos senadores. . “O impacto seria relevante caso os estados e municípios entrassem na reforma. Isso acrescentaria mais de um terço do impacto total da reforma. Então, seria desejável sua inclusão. O Senado fica com esse dilema”, afirmou.
Fonte: Mais PB