Durante entrevista ao programa De Lucca Entrevista, da TV 247, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), respondeu se teme ficar inelegível ou até mesmo ser preso por causa dos desdobramentos da Operação Calvário, que investiga uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, que ainda administra o Hospital de Trauma de João Pessoa.
Após destacar os investimentos que sua gestão aplicou no melhoramento do hospital, Ricardo isentou o Governo do Estado de algum envolvimento no suposto esquema fraudulento e disse que a Operação Calvário desencadeou uma onda de ódio e perseguição da imprensa paraibana contra ele.
“Eu já fiz essa pergunta várias vezes aqui e ninguém conseguiu identificar aonde é que o Estado perde. Eu não conheço os autos, mas me parece que alguns pagamentos eleitorais foram feitos com contribuição da Cruz Vermelha, que estava sendo investigada no Rio de Janeiro e passaram a investigar aqui. Esse é o resumo da coisa. A partir disso se juntaram 97% dos meios de comunicação com o maior ódio possível”.
“Esse cerco é um cerco que o Brasil já conhece e sabe no que deu. Deu nessa onda bestial que nós estamos atravessando, nessa onda de ódio. E aqui na Paraíba essa rede de comunicação não tem compromisso com a verdade e tenta me atacar principalmente”, completou.
Sobre o risco de ser preso, Ricardo disse que está “preparado para qualquer coisa”: “Não há nenhuma acusação contra mim, mas evidentemente que eu sou o alvo de tudo isso. A função do Ministério Público é investigar, mas não pode ter vazamento seletivo, direcionamento para um setor político. É preciso ter cuidado com a vida futura das pessoas porque quando você faz uma busca e apreensão, você condenou aquela pessoa, e ao mesmo tempo é preciso separar aquilo que o STF [Supremo Tribunal Federal] disse, o que é eleitoral e o que não é. O que é eleitoral tem que ir para o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] e não ficar numa situação como essa que estamos vivendo aqui”, falou o ex-governador.
“Estou preparado para qualquer coisa. Não respondo a nada hoje porque não tem o que responder. Mas eu tenho certeza que a verdade vai vingar e não vão parar a ascensão do projeto popular e democrático que nós implantamos no estado”, emendou.
Fonte: Diário do sertão