O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin negou um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para transformar em presencial o julgamento virtual de um recurso que pode suspender os efeitos da condenação no processo do tríplex e libertar o político. Na prática, o pedido era por uma antecipação do julgamento.
Na próxima sexta-feira (12), a 2ª Turma do Supremo começa a julgar o tema. Por ser virtual, os cinco ministros que compõem a Turma têm até o dia 23 para apresentar sua posição a respeito do tema. Além de Fachin, pertencem à 2ª Turma os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Celso de Mello.
Se tivesse acatado o pedido de Lula, a Turma julgaria o caso na sessão presencial de amanhã.
No julgamento virtual, a análise da questão é feita eletronicamente pelos ministros da 2ª Turma. A apresentação dos votos pode acontecer a qualquer momento dentro do prazo, que será aberto na sexta-feira.
Recurso reclama de decisão no STJ
O recurso que será avaliado pela 2ª Turma no STF é contra uma decisão tomada monocraticamente no STJ (Superior Tribunal de Justiça), pelo ministro Felix Fischer. Em novembro do ano passado, o magistrado decidiu sozinho rejeitar um recurso de Lula que contestava a condenação em segunda instânciano caso do tríplex de Guarujá (SP).
Nesta semana, a 5ª turma do STJ deverá colocar o tema em pauta, para validar ou mudar a decisão de Fischer.
Os advogados do petista dizem que Fischer, ao deliberar sozinho sobre o caso, acabou “alijando a defesa de participar do julgamento”.
Na prática, o pedido da defesa ao STF tentava fazer com que os ministros suspendessem os efeitos da condenação antes mesmo de o STJ tomar uma decisão final sobre o caso nesta que é uma espécie de terceira instância.
No recurso, a defesa pede que o STF anule a condenação no processo do tríplex e liberte Lula, que está preso há um ano na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba.
Fonte: UOL
Créditos: Nathan Lopes