Nome escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Casa Civil, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou nesta segunda-feira (29) que a equipe a ser composta no novo governo quer saber “a verdade” sobre a Petrobras. Segundo o parlamentar, no governo Bolsonaro “quem roubar vai para a cadeia e ele joga a chave fora”.
“Hoje, o Brasil vive um drama em relação aos combustÃveis. O cidadão brasileiro paga uma conta absurda por conta dos equÃvocos cometidos no passado. Nós estamos dando o primeiro passinho hoje. É razoável pedir que todos tenham um pouquinho de paciência para que o Bolsonaro e a sua equipe possam conhecer a realidade e, aÃ, com base nos conceitos que nos propagamos ao longo de toda a campanha, a gente possa dar o direcionamento para ela [Petrobras] servir ao Brasil. No governo Bolsonaro, quem roubar vai para a cadeia e ele joga a chave fora”, disse Lorenzoni.
No saguão do Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde está hospedado, a poucos metros da casa de Bolsonaro, Lorenzoni foi questionado sobre o futuro da polÃtica de preços da estatal, mas considerou ser “muito cedo” para abordar o tema e classificou como “absurda” a “conta” paga pelos brasileiros devido à “roubalheira e utilização inadequada da empresa”.
“Nós temos que, primeiro, entender qual é a verdade sobre a Petrobras. Quem sabe, no Brasil, a verdade sobre a Petrobras? Tenho curiosidade de saber se o presidente [Michel] Temer sabe. Por quê? Porque a Petrobras passou por um perÃodo em que se transformou da sétima petrolÃfera do mundo, na vigésima oitava, graças à roubalheira e utilização inadequada da empresa”, afirmou o deputado.
Lorenzoni adiantou, ainda, que a economia será a primeira área a receber atenção do governo. O futuro ministro contou que os primeiros nomes técnicos devem ser apresentados até quinta-feira (1º). Outros indicados para ministérios, no entanto, só devem surgir mais tarde, acrescentou.
“Tudo isso está sendo constituÃdo. Nós temos os conceitos. Normalmente, no Brasil, se começava com os projetos, os governos vinham com planos, projetos, tudo arrumadinho, embalado por um marqueteiro. João Santana, né? Por exemplo, que foi o último do governo Dilma, já deu o governo dela pronto. No nosso governo não tem nada pronto. Tem os conceitos bem estabelecidos para criar uma nação forte e não apenas um paÃs grande”, declarou.