O ex-ministro José Dirceu, que lança livro nesta sexta-feira (21) em João Pessoa, apontou a lei da Ficha Limpa como um dos maiores erros. Ele considerou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) uma ameaça à democracia brasileira e se disse preocupado com os problemas democráticos do país.
Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Arapuan FM, Dirceu previu autoritarismo, conflito de religiões e regressão cultural caso o candidato do PSL seja eleito. Ele ainda considerou “uma barbaridade” a declaração do candidato à vice-presidente, Mourão, de que lares sem pai e avô são fábricas de elementos.
Ele avalia que a inabilitação do ex-presidente Lula para disputar as eleições foi uma violência à democracia. Dirceu sustenta que o povo deve escolher os candidatos, que a lei da Ficha Limpa foi um dos maiores erros e ainda que somente uma reforma política poderá acabar a corrupção. “Eu e o (José) Genoíno fomos contra”, lembrou.
Durante a entrevista, Dirceu previu que o PT será o partido mais votado para a Câmara dos Deputados. Como seu maior erro, ele citou ter deixado o governo no ano de 2005. “Deveria ter me defendido, enfrentado a farsa do mensalão”, afirmou, acrescentando que nunca houve compra de votos, já que o governo Lula tinha maioria no Congresso.
Fora do PT
Dirceu descartou ocupar cargos de direção no PT e acrescentou que não voltaria a exercer cargos públicos. “Quero escrever o segundo volume do meu livro, vou escrever sobre o sistema penitenciário, quero debater com a juventude. É preciso abrir as portas do PT para novos filiados”, arrematou.
Fonte: Mais PB