O radialista e empresário Fabiano Gomes foi preso, nesta quarta-feira (22), durante nova etapa da Operação Xeque-Mate, que investiga desvios de dinheiro público e fraudes na administração do Município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal no início da manhã, por força de mandado de prisão preventiva.
Uma equipe da TV Correio está no local e tentou gravar entrevista com o advogado de defesa de Fabiano, Rembrandt Asfora, mas ele preferiu não se pronunciar neste momento. O Portal Correio também tentou contato com o profissional, que não atendeu às ligações telefônicas.
Deflagrada em abril deste ano, a Operação Xeque-Mate foi motivada, segundo a Polícia Federal, por uma denúncia de que o prefeito Leto Viana teria forçado vereadores a assinarem cartas-renúncia. Caso algum deles votassem contra as intenções da gestão, o documento seria protocolado. Por se arriscarem a assinar as cartas, os vereadores recebiam dinheiro e outros benefícios.
Entre as decisões da Câmara alinhadas à vontade do prefeito, estaria o veto à construção de um shopping center na cidade. As investigações apontaram que esse esquema teve a participação de Fabiano Gomes. Conforme divulgado pela PF, o radialista teria sido uma das pessoas responsáveis por repassar quantias financeiras. Na época, Fabiano Gomes disse em nota à impressa que estava “colaborando com as investigações e à disposição dos órgãos competentes”.
Além dessas “trocas de favores” entre empresários, Prefeitura e vereadores, a Operação Xeque-Mate apura que ao menos R$ 30 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos de Cabedelo, a partir do loteamento de cargos fantasmas, doações de terrenos com avaliações fraudadas e utilização de laranjas para ocultação patrimonial.
Esquema em Cabedelo desviou R$ 30 milhões e teve até plano de homicídio
Entenda o caso
A primeira fase da Operação Xeque-Mate aconteceu no dia 3 de abril, após a Justiça decretar o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos. O prefeito, Leto Viana; o presidente da Câmara Municipal, Lúcio José; e os vereadores Jacqueline Monteiro (esposa de Leto), Tércio Dornelas, Júnior Datele e Antônio do Vale foram presos. Apesar de não ter sido detido, o vice de Leto Viana, Flávio de Oliveira, também foi afastado da gestão.
Fonte: Portal Correio