Segundo ele, uma facção paulista cujo nome não foi citado tem ‘células’ no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco e usa a proximidade desses estados com a cidade de Cajazeiras para entrar com drogas na PB.
“Hoje Cajazeiras é a porta de entrada para toda a droga da Paraíba vindo da facção paulista que se instalou no Ceará, no Rio Grande do Norte e no polímero da maconha lá de Pernambuco. É através desses estados que a droga entra no nosso estado”, disse.
Explosões em bancos
Outro problema de segurança pública grave que a Paraíba enfrenta são os ataques a agências e correspondentes bancários, a maioria com explosões. Para o delegado Walber Virgolino, falta profissionalismo nas polícias do estado para lidar com os casos.
“A Paraíba trata os estouros a bancos com amadorismo. Nós temos grandes policiais, nós temos policiais preparadíssimos, são pessoas que conhecem, mas que estão exercendo funções outras que não são repressão qualificada a estouros a bancos”, opinou.
Cajazeiras e Sousa
Para dar um exemplo do citado ‘amadorismo’, o delegado disse que na maioria das vezes a quadrilha que estoura um banco em Cajazeiras é a mesma que estoura em Sousa, no entanto as delegacias das duas cidades abrem seus respectivos inquéritos e não se comunicam.
“Falta uma continuidade na investigação e falta uma investigação mais específica sobre esses casos. Se uma delegacia só na Paraíba investigasse esses casos, com certeza já teríamos diminuído a incidência desse tipo de crime e encurralado esses quadrilheiros para outros estados ou já teríamos os prendido”.
Atualmente Walber Virgolino é pré-candidato a deputado estadual na Paraíba e por isso está afastado das funções de delegado.
DIÁRIO DO SERTÃO
